terça-feira, 26 de maio de 2009

APOSTAS PARA O SENADO EM 2010

Depois de publicadas algumas pesquisas de intenção de voto para eleger os senadores do Rio de Janeiro, os analistas políticos e marqueteiros abriram a rodada de apostas. Não tenho vocação para futurólogo, mas ficam algumas informações e elementos pra reflexão.
A primeira, da regra do jogo, é que vamos eleger dois senadores. Isso impõe uma estratégia acumulativa, ou seja, tentar grudar o candidato mais forte no mais fraco e apresentá-los como uma força só, que pensa igual e tem os mesmos projetos.
As eleições no Rio devem ser, pelo que diz o noticiário, uma guerra entre governo e oposição, sem alternativas outras. Vai ser quem é Lula de um lado e quem é Serra de outro; quem é Sérgio Cabral e quem é Fernando Gabeira/Cesar Maia.
Para o governo do estado, tenho poucas dúvidas. O fiel da balança será o apoio de Anthony Garotinho e seus aliados no interior e na capital. O segundo maior eleitor será Wagner Montes, caso não seja candidato, claro. Mas sobre o governo, falarei depois. Mais interessante será a corrida pelas vagas para o Senado.
Os números indicam, analisados todos os cenários, um placar assim - sempre utilizando o maior índice obtido por cada candidato: Crivella 44%; Cesar Maia 36%; Gabeira e Jandira 35%; Benedita da Silva 27%; Denise Frossard 25%; Picciani 12% e Lindberg 8%.
Os campos de votos também parecem definidos. Quanto mais popular o voto, mais governo. E as dificuldades são claras. Cesar Maia e Gabeira entram pouco na área popular e Lula, Sérgio Cabral, Crivella e Benedita teriam enormes obstáculos para avançar na Zona Sul e região metropolitana. Os apoios de Eduardo Paes, Jandira Feghali e Lindberg podem ajudar nessa região, principalmente na Zona Sul, mas é terra do adversário dos governos.
A questão é quem vai disputar o governo e o Senado. Cesar Maia e Gabeira sabem que suas chances maiores estão no Senado, numa eleição em que até mesmo os dois poderiam ser eleitos, dependendo do cenário final. Mas a chapa precisa ter um candidato forte para o governo. Poderia ser Garotinho, mas parece que a conversa com o PSDB não deu samba.
Nessa brincadeira, quem não der bola para Garotinho, pode acabar sem bola.

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